terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sabe onde o Rio Branco e o Vitória vão jogar na Copa do Brasil?

Antônio Perovano, presidente do Conselho Deliberativo do Vitória, e Mauricio Duque, presidente do Rio Branco, conseguiram que a CBF revise o regulamento da Copa do Brasil 2011, para que as equipes possam atuar no estádio Salvador Costa, que comporta 3.000 pessoas sentadas. Segundo a CBF, o regulamento para a Copa do Brasil em 2011 iria mudar, e a capacidade mínima de 5.000 lugares passaria valer já na primeira fase.

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Mais uma vez sofremos com a falta de estádio. Ter que jogar um torneio nacional como a Copa do Brasil no Estádio Salvador Venâncio da Costa é uma vergonha.

Nada contra o Vitória e o Salvador Costa, o estádio para o nível atual do futebol capixaba está de bom tamanho (excetos para partidas finais, é claro), porém, não serve para ser palco em torneios grandes. Já estou prevendo muitos torcedores de fora nos jogos, como foi na partida entre Rio Branco e América-RJ pela série D. Sem falar na possibilidade de um confronto com uma equipe grande do RJ ou SP na segunda fase. O muro do Salvador Costa, que suportou dezenas de torcedores do Rio Branco na partida contra o América, não duraria o primeiro tempo de um jogo na Copa do Brasil. A não ser que as diretorias do Vitória e do Rio Branco não estejam pensando na possibilidade de passar de fase... Talvez elas estejam apenas visando um jogo mesmo. Afinal, o que importa é competir.

Comemorar uma coisa dessas é como festejar por estar no fundo do poço. Por que ao invés de ficar correndo atrás da CBF mendigando um jogo no Salvador Costa, a FES e as diretorias não arrecadam fundos para uma pequena reforma no Engenheiro Araripe? Levantar um muro, fechar um alambrado e reformar banheiros não seria mais viável do que ver centenas de torcedores na rua sem ingresso?

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Times começam a se preparar para o Capixabão

A Federação de Futebol do Espírito Santo (FES) divulgou na última sexta-feira a tabela do Campeonato Capixaba 2011, e as equipes já começaram a se mexer visando a competição.

No atual campeão Rio Branco, o zagueiro Estevão Toniato - que já teve passagem pelo clube em 2002 e 2004-, chega para reforçar a equipe. Estevão é de Vila Velha, passou pelo Estrela em 2005 e logo depois foi para o futebol da Tunísia, onde ficou por quatro anos. Em 2008 o zagueiro assinou com o Shaanxi Chanba, time chinês.

A polêmica contratação do meia David ainda faz barulho. Parte da torcida capa-preta não gostou nada quando a diretoria anunciou que o atacante viria para o clube. O ex-jogador da Desportiva fez gestos obscenos para os torcedores do Rio Branco na época que atuava pelo Rio Bananal. Em junho deste ano, a diretoria anunciou que estava fechando contrato com o jogador para disputar a Série D, mas David deu um “bolo” no Rio Branco e foi para o futebol português.

Eduardo e Pipoca renovaram seus contratos. Juca, Washington, Caio, Flavinho e Bruno estão perto de um acerto.

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Pelas bandas de Bento Ferreira o Vitória se organiza. Na segunda-feira o alvianil renovou os contratos do técnico Fábio Henrique e do goleiro Reinaldo para a próxima temporada. Novidades por enquanto só a contratação do atacante Carlinhos Paraíba, ex-CTE Colatina. A diretoria segue negociando com o resto do elenco.

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O Aracruz – campeão da série B em 2010 -, procurou o técnico Giuliano Pariz, que tem contrato com Jaguaré até o final de 2012. Pádua, que levou o time de volta à elite do futebol capixaba, deve assinar com o Colatina

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O mercado da bola começa a esquentar. E janeiro é logo ali...

Fonte: Gazeta online

sábado, 20 de novembro de 2010

Memórias Capixabas: Caxias, o campeão ofuscado pelo tempo

Quem passa pela Avenida Maruipe, na altura do bairro Itararé, em Vitória, e repara o grande muro branco pintado com faixas vermelhas e pretas, pode não imaginar, mas ali dentro está um clube que já foi campeão capixaba de futebol. O Caxias Esporte Clube, que junto com Rio Branco, Vitória, América e Santo Antônio fazia parte da hegemonia do futebol da capital na segunda metade do século passado, levantou a principal taça do futebol do Espírito Santo em 1944.

Fundado em 1940 pela Polícia Militar do Espírito Santo, o Caxias iniciou sua história montando fortes equipes, formada pelos próprios militares, e não demorou para ser considerado um dos principais times de Vitória. No seu segundo ano participando do Estadual, o time dos militares ficou em terceiro lugar. Em 1943, a conquista do vice-campeonato reafirmou o Caxias como um dos grandes. Mas foi quatro anos após sua fundação que veio a primeira e mais importante conquista da história do Rubro-negro da Capital: o título estadual de 1944.

Seis equipes participaram do Capixabão naquele ano: Rio Branco, América, Vitória, Santo Antônio, Americano e Caxias. O time dos militares fez uma excelente campanha no turno, conquistando a Taça Cidade de Vitória. Ao final do returno, o Caxias tinha os mesmos 12 pontos do Rio Branco, com quem disputaria a partida decisiva.

Virada história em cima do Rio Branco e a consagração

Era um domingo, dia 17 de dezembro. A penúltima rodada do returno, contra o Rio Branco, grande favorito, no estádio Governador Bley, no bairro de Jucutuquara, podia dar o título inédito ao Caxias.

O jogo tinha tudo para ser um desastre para o time de Itararé, pois logo no primeiro tempo o Rio Branco abriu 3 a 0 no placar. Mas o que ninguém acreditava aconteceu. Depois da pancada, o Caxias conseguiu segurar o ataque capa-preta e revidou. Louro fez dois para o Rubro-negro e Lambari empatou a partida. A consagração veio com Wilson, que virou para o time da Polícia Militar. Final do jogo épico: Caxias 4x3 Rio Branco.

O rubro-negro viria a encontrar o Capa-preta, em uma partida decisiva, 26 anos depois, no Campeonato da Cidade. Em dois jogos realizados na final, empate em 1 a 1 no primeiro, com gol de Nicodemus, e vitória por 2 a 0 no segundo, com dois gols de Alcenir. Caxias, campeão do Campeonato da Cidade de 1970, o segundo título mais importante do clube. O Rubro-negro também foi vice do Campeonato Capixaba de 1945 e da Taça Cidade de 1955.

Quase 40 anos longe do profissional

Se 26 anos separaram o Caxias de suas conquistas mais importantes, 37 afastaram o clube do futebol profissional. O rubro-negro só voltou a disputar uma competição profissional organizada pela Federação de Futebol do Espírito Santo em 2008, quando participou da Série B do Capixabão. Sem grandes resultados, não conseguiu o tão esperado acesso. Em 2009, mais uma vez ficou para trás.






















Hoje, o clube se destaca no cenário capixaba em outras modalidades, como remo e natação. Mas a escolinha de futebol por detrás dos muros brancos com faixas vermelhas e pretas guarda futuros jogadores e a esperança de uma possível volta do campeão capixaba de 1944.